terça-feira, 27 de outubro de 2009

O documentário como exercício de reverência

Fonte: IG


A safra brasileira de documentários nunca foi tão fértil, como comprova o cardápio da 33ª Mostra de Cinema de São Paulo. Há documentários de todos os tipos, para todos os gostos.

Entre os títulos disponíveis, identifico um tipo de documentário muito peculiar, que é o “filme de homenagem”. Assisti a três com esta característica: “Mamonas Pra Sempre, o Doc”, “A Raça Síntese de Joãosinho Trinta” e “Caro Francis”.

Mamonas Pra Sempre, o Doc”, de Claudio Kahns, é um filme para fã nenhum botar defeito. Com ótimo material de arquivo e depoimentos de parentes, amigos, conhecidos e, especialmente, do produtor musical e do empresário que cuidaram da banda, o cineasta descreve de forma cronológica a impressionante história de sucesso dos Mamonas Assassinas.

Kahns não discute várias questões interessantes, apenas esboçadas no filme, como a ruptura com a lógica do mercado que os Mamonas representaram, os sentidos da transgressão da banda e, não menos importante, a qualidade do trabalho musical dos garotos de Guarulhos. Não é esse o seu objetivo. Em compensação, o cineasta brinda o espectador com uma sequência impressionante de imagens, que vai fazer o fã cantar e chorar com os Mamonas.

“Mamonas Pra Sempre, o Doc” tem ainda uma sessão, na próxima terça-feira (3/11), às 15h20, no Cinesesc. Mais informações no site da Mostra.